אמת - Verdade
Em filossilicatos ínfimos me desfaço
Fragmentos deslizando pela margem do rio
Invisível, me acomodo como posso
Nas úmidas barrancas da inexistência:
Não existo.
Acumulados, os pedaços da minha ausência
Desleixadamente se firmam
Insisto: não existo!
Os artesãos não me dão ouvidos
São mãos que me batem e me acariciam.
מת - Morte
Feito de barro e palavras, hermeticamente moldado
Um agigantado amontoado de mágoas
Gigante minúsculo, sem músculo e sem alma
Tudo bem, admito no meu íntimo: existo.
Mas por quê?
Os artesãos não tem respostas
Sobre a minha imperfeição profana
Sobre a razão do rio correr
Ou sobre os rastros que deixo onde passo
Se são meus
Ou se são
Eu.