Sábado, descobri que vou morrer
Não sei do quê, nem quando
Mas é um tanto dramático:
Até sexta eu era imortal!
Não sei se é tanto um saber
Quanto um sentir mais flácido
De repente, sei que vou morrer
Lembro bem: era um sábado.
Vez ou outra até me esqueço
Como, durmo, volto ao trabalho
Mas no fundo ali persiste:
Talvez um dia eu vá morrer.
Mas que fardo maldito!
Eu não precisava saber!
Que porra eu faço com isso?!
Morrer deve ser um saco...
Viver agora é não saber
Quem vem primeiro:
A morte
Ou o próximo sábado.